segunda-feira, 18 de novembro de 2013

As boas de Chico Dias

1 - Francisco de Medeiros Dias ou simplesmente Chico Dias (ele é cearense de nascimento e assuense por opção e escolha). Chegou no Assu ainda adolescente, onde construiu boas amizades. Foi líder estudantil, dirigiu o Grêmio do Ginásio Pedro Amorim, da então CNEG, e candidatou-se a vereador em várias eleições. Pena que não obteve sucesso. Pois bem, Ronaldo Ferreira Dias era potiguar de Lages e morou algum tempo na terra assuense. Ele era boa gente, mais era muito sisudo, cara fechada mesmo. A convite do presidente Figueredo, Ronaldo candidatou-se a deputado federal, salvo engano, nas eleições de 1978, pelo PDS do Rio Grande do Norte. Começo de campanha ele foi ao Assu se entender com Chico Dias, seu primo e amigo, para apoiá-lo. Negócio acertado, propaganda (santinhos) entregue a Chico, Ronaldo retornou a Brasília onde era alto funcionário do senado da república. Daquela capital telefonou, dizendo: Chico, como vai a aceitação do meu nome por aí? Rapaz, eu saí de casa com mil santinhos seu e voltei com dois mil! Respondeu Chico na horinha.

(Em tempo: Ronaldo Dias naquela eleição somente com o seu voto seria primeiro suplente de deputado federal. Assumiu o mandato durante uns seis meses em razão da morte do deputado Djalma Marinho. Obteve naquela eleição pouco mais de mil votos).

2 - O povo assuense passou uma época em polvorosa e aflita. Pessoas de bem eram assassinadas naquela cidade por qualquer futilidade. Pois bem, Chico Dias em 1982, perdera na morte certo amigo e eleitor. Na hora da última despedida, no cemitério da cidade de Assu, foi ele, Chico, se despedir do amigo, dizendo assim: Meus amigos, estão matando gente nesta cidade por qualquer futilidade. Ocorre, que o réu vai a julgamento, alega legítima defesa e é absolvido". E foi mais adiante na sua fala de sentimento e de revolta, para risos dos circunstantes: Legítima defesa uma porra!"

3 - Chico Dias (não quero com essa estória, absolutamente denegrir a sua imagem, não. Ele é meu amigo e este fato ocorreu há uns trinta anos atrás). Pois bem, inadimplente com o Banco do Brasil, agência de Assu, Chico foi surpreendido pelo gerente daquela casa bancária, que lhe disse abusivamente, ao vê-lo na fila do caixa: "Seu Francisco, o senhor está com um título atrasado com este banco e, se não for quitado daqui a quarenta e oito horas eu vou registrar seu nome no CADIN!" Chico não se fez de rogado: Seu gerente, pois diga a seu CADIN que pague a minha conta!

Fernando Caldas 

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